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SENAI oferecerá consultoria a 3 mil indústrias de pequeno e médio porte para aumentar produtividade


Publicada em 06/04/2016 pela

Agência de Notícias CNI.

Por Ismália Afonso.

O programa Brasil Mais Produtivo vai atender, ao longo de 2016 e 2017, 3 mil indústrias de pequeno e médio porte em todo o país, com o objetivo de aumentar em 20% sua produtividade. O programa ? que terá coordenação técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ? prevê modificações rápidas e de baixo custo nas empresas para alcançar ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta. A iniciativa, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), tem como parceiros, além do SENAI, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O conceito de manufatura enxuta baseia-se na redução de sete tipos de desperdícios (super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Trata-se de uma resposta rápida para o dilema da baixa produtividade da indústria brasileira. Para sua primeira fase de execução, estão previstos R$ 50 milhões em investimentos, dos quais R$ 25 milhões foram aportados pelo MDIC e os outros R$ 25 milhões pelo SENAI.

Durante o lançamento, o secretário de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Carlos Gadelha, ressaltou que a iniciativa é uma boa opção por não inventar a roda. ?Vamos partir de metodologias testadas e que já apresentaram bons resultados?, disse. O programa é inspirado no projeto-piloto do Indústria Mais Produtiva, desenvolvido em 2015 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a 18 empresas de médio porte (com faturamento entre R$ 3,6 milhões e R$ 20 milhões) dos setores de alimentos, confecção, calçados, metalmecânico e brinquedos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará.


DA PORTA PARA DENTRO

? O resultado foi um retorno financeiro entre oito e 108 vezes o valor (R$ 18 mil) investido pelas indústrias. Entre outros resultados, foram registrados 42% de aumento médio de produtividade; 41% de ganho em qualidade do processo produtivo e 21% de redução de custo de produção.

A produtividade é o aspecto da competitividade que mais depende da ação da própria indústria. Na visão do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a adoção de um leque de medidas para melhorar a produtividade é urgente para as empresas brasileiras. Ele destacou que é preciso melhorar a formação dos trabalhadores, mas também é necessário avançar na qualidade dos processos produtivos.

“O projeto mostrou que é possível ter ganhos significativos de maneira rápida e econômica, alcançando um grande número de empresas. Num ambiente atual, de fortes restrições fiscais e de reequilíbrio macroeconômico, o Brasil Mais Produtivo se apresenta como um instrumento realista e eficaz da política industrial”, destacou Andrade.


COMO PARTICIPAR

– As empresas interessadas devem entrar na página do Brasil Mais Produtivo. São aptas a participar do programa as indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, que estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APL). Na primeira fase do programa, os setores elegíveis são: metalmecânico, vestuário e calçados, moveleiro e de alimentos e bebidas. Elas serão atendidas em todo o Brasil por 400 consultores dos Institutos SENAI de Tecnologia e pelas unidades do SENAI nos estados.


RESULTADOS ESPERADOS

– Ao fim das 120 horas de consultoria, é esperado que a empresa aumente em, pelo menos, 20% sua produtividade. Para a avaliação dos resultados, serão utilizados quatro indicadores:

– Capacidade Produtiva: o aumento da quantidade de unidades produzidas em um espaço de tempo;

– Movimentação: a diferença entre o tempo de movimentação antes e depois do programa;

– Qualidade: a diferença entre o retrabalho antes e depois do programa;

– Retorno financeiro: a diferença entre o retorno financeiro e o que foi investido no programa.

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